sábado, 4 de junho de 2011

TRILOGIA

Então... Aprontei a edição de Versos e Canções que em breve deva estar publicada. Enquanto isso não acontece, apresento aos leitores do recanto a trilogia que fundamenta parte da obra: Capitalismo Fatal, Todo bicho tem um predador, Cidade e Indefesa.

CAPITALISMO FATAL

Você não vê?
O que está na tela da TV.
Você não se espanta?
Com tanta extravagância.
Você não percebe?
Tamanha ambição.
Será que não basta, desmedida poluição.
Você diz que acredita em Jesus,
mas por outro lado explora tanto da cruz.
Se diz filho de Deus
mas, só ama aos seus.
Conclama tanto o bem
e esquece de ajudar a quem tão pouco tem.
Às vezes é moralista e disciplinar
mas, ao mesmo tempo só quer o prazer de gozar.
Se diz conhecedor e tecnicista,
no entanto se torna hipócrita no seu mundo egoísta.
Quando está sendo criticado
recorre ao grande andor e diz que é purificado.
Quando está em crise,
toma de qualquer um para não ter deslize.
Enfim, quer ter o mundo nas mãos,
para dividir somente com o cão.



TODO BICHO TEM UM PREDADOR

Olha que eu vinha voado pensando na vida,
mas achando que estava sendo perseguido,
olhei para o lado pus a vista a secionar,
norte sul leste oeste dobrei pelo beco sem respirar,
querendo crer que nada passava de uma imaginação,
mas  que nada, a coisa começou a esquentar,
sentia  que havia um bicho no meu calcanhar.
Um homem de valor seja na idade da pedra,
seja na selva urbana, tem que estar resolvido,
então pensei rápido deve ser um mal entendido.
Quando virei o rosto a noventa graus,
dei de frente com um cidadão?
A margem um “vaganau”.
Ele disse que estava trabalhando no jeito,
que eu passasse o que era de direito.
Por que? Um janota quer estar na rua no seu território,
desfilando com o que é melhor da vitrine é compulsório,
está pensando que pode sacanear,
achando que nós aqui estamos mortos, a bobear,
“não esboça reação fica inerte calas!”
Eu nada mais pensava só apenas me entregava.
De repente o insurgente disse segue... Só,
antes que mude de idéia
senão te mando para outro lado,
é que gostei da caneta “estilosa”
e do papel  escrito que nota:
o mundo é um ingrato
apesar de estar nele com meu gato.
Se gostou de meu último escrito,
porque me humilhava a gritos,
não entendi nada apenas segui ...
Então agora já refletindo:
enquanto não houver gestão de igualdade
tudo vai ficar na dualidade,
sociedade de ricos, sociedade de desvalidos
me parece que é razoável se ainda sobrevivo.
Arre! Vou seguir de pressa meu caminho,
e chegar em meu habitat, sentir seguro no ninho.
Já em casa comecei a esbravejar,
pois compreendi que meus pertences já  não podia usar
veio o vizinho me conformar,
explicando que não adiantaria me mudar
porque o mundo está todo disposto
e que todos se acomodam a esse desgosto
e quer  se isolar na contra-mão esperando a revolução?
Ah! Enquanto aturdidos,
estamos todos...
No mesmo barco
desgovernado.

CIDADE INDEFESA
A comunicação está truncada,
cada um abraça sua segurança,
grade, muro, cerca elétrica,
constrói-se  assim a nova cela.
A marca da insensatez é vero,
não fere mais é só inferno
na via que transita a dor,
a dor de não saber,
saber que lá fora
a chuva, a inundação, nos iguala,
manos e manas só pelo drama,
e agora?
Se quer a mão solidária,
a que está além do muro...Indigente.
Aonde estás?
Com quem estás?
Como estás?
A comunicação está perdida,
não há proteção,
toda segurança não basta,
a cidade está à mercê de quem vive,
quase tudo inseguro,
cadê você?
Me dê notícia!
Entra pelo portão,
fazendo mesmo alarde
pois preciso de tua amizade.









quarta-feira, 18 de maio de 2011

UM FIO DE ESPERANÇA

Onde estou não há sombra
de nada
preciso ter minha vida pacata
a temperatura está a mil
mudança, desafio a vida
 por um fio
quero respirar olhar para o céu azul
ter a vida como um nenê
descobrir o norte e o sul
a pressão está caindo
há um medo que vem vindo
tudo gélido azul morto
quero sonhar vivo e solto
quero ser o filho que tem o banho de sol
ao colo aconchegante, brandura
a mãe com ternura
A razão está falindo
quero a leveza de um pássaro
para me deixar assim só sorrindo...
Estado de falência, sem razão
está perdida a interação
deixar de ser gente
estado de instinto suscetível...
Ah! Animal sensível,
mais além...Então que venha
e me deixar ter...
Novamente a paz de um bebê?
A temperatura está subindo
tenho que  escapar, me encontrar
mundo infindo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A CANÇÃO DO PEDIDO


Se você não vem, não tem contigo
Nada vale, sem o seu sorriso.
Quando enfim o sol se por
haverá motivo para um vôo.

Então quando chegar em casa,
pense forte que a vida abrasa
não haverá espaço para o vazio,
a vida pede cada vez mais a fuga do abismo.

Neste mundo é preciso ser descoberto
todos correm para ter sucesso
como fazer diferente pelo melhor?
Que dia estranho, não sinto vontade de nada fazer!
A não ser, pensar em você.

Ninguém me avisou que é para pegar o lugar no futuro,
e eu fiquei a contemplar esse dia de chuva,
e o pensamento só em você,
o chefe maior vai me condenar no duro,
Vou remar para tirar o atrasado – hurra!

Alguma coisa acontece no sul
Cadê mamãe e o futuro promissor
Tudo voou no céu azul

Como a vida, tudo a segue a medida,
então só tenho um pedido a fazer:
deixa eu ficar com você.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

TUDO NO LUGAR NA HORA DE AMAR (Céu azul tudo limpo)

As coisas estão no lugar,
noite de lua cheia a brilhar,
as manhãs com o sol radiante na cara,
peguemos os cangaços é tempo de ir a farra.

Você pode escolher o passeio,
Os astros estão a favor, nada alheios.
Estamos entre o acerto e a doce vida,
Liga para alguém, companhia na medida.

Então é só sentir o ranger das rodas,
a viagem bate, percurso e muita prosa,
nova localidade, ambiente aconchegante,
depois da diversão descanso ao casal trepidante.

Somos rei e rainha no bom imaginário,
Podemos ir à cozinha e escolher o cardápio,
devemos jogar para o alto a rotina,
Pisemos leve, é tempo de amar, é nossa vida de cima!

Ah! Estamos no vôo oh!
É só bombom meu amor,
eh!  Me beija é tempo de lavar a alma
Abaixo a pressa,
Abrace-me é tempo de expulsar às mazelas.

Não, não seja temerária as crendices,
Nossa vida está se expandindo, pura meiguice,
destino a gente é que faz provocando,
então vamos fazer a  vez deitando e rolando.

terça-feira, 26 de abril de 2011

LUZ NO TÚNEL

O tempo vai passar...
Nem as pedras deixam de rolar
nada está ileso a essa corrosão
dia após dia a vida na contramão.

Tempo, tempo, mais um ano se vai,
Com abraços, tristeza, mas segue.
Novo projeto, nova vida, esperança?
Alguém tem que ouvir longe alcance...

E não basta tanto: sorrisos, lágrimas,
seja lá a expectativa além de tudo,
final em  lástimas.
Uma vida em ciclo a imensidão de ser,
caminho da incerteza, mas porque não duvidar?
Ainda que viver...

Somente um grande amor enfim
me fazer  dar tudo de mim
ser reticente ao que atrapalhar
Sem medir, sem hesitar da vontade
aonde o amor que levar... A felicidade.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

CANÇÃO DO AMOR

Boca a boca,
que coisa louca
beijo em beijo,
fico contigo pelo desejo.

De carinho em carinho,
te quero no intimo.
Pé a pé,
fico contigo se você me quiser.

Idéias por idéias,
braço por braço
Canção por canção,
fico contigo por paixão.

Mente, beijos, abraços
tudo no compasso,
ter sentido: ficar preso na rede
e subir pelas paredes.

Lábios por lábios,
Dedos, contágio,
é só amor por amor
ah meu poema...Que esplendor!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

SURVIVOR

Presente aos amigos. Pensei nessa vida que a gente leva e claro nesse país que nos vivemos, mas de olho no mundo, ha ha ha ha ha, apenas um sorriso leve.


"SURVIVOR"
Enxergo o mar quanta vida, imensidão!
Eu vejo você e vou de coração.
A natureza, fala de tudo sem desmedir.
Enxergo esse mundo sempre a prosseguir,
a natureza... E seu menir

Coisa que coisa, não deixar-se ver e amar,
a dor de não saber... Que só fizemos dominar,
e por um encanto surgiu à nova razão,
de uma tela: cibernética,
faz-se a vida privada,
a nova natureza... E sua cara.

Não perdi a esperança, nem me abato de tristeza,
de olhar a flor por sua completa leveza,
a natureza... Anda atônita de sua gloria,

bem certo um filho, uma espécie nessa história
perdeu-se em seu caminho a sua defesa,
ah! Natureza você não perde sua beleza.

E telas falam programadas
e os ladrões e todos desiguais,
burlam a nova ordem
e a cidade se faz de grades virtuais,
a natureza e seus viventes.
Enxergo o mar quanta imensidão,
enxergo o saber tanto querer
enxergo o amor
em meio a isso tudo
entre o sonho e o real.
Resisti à chuva que inundou,
expus-me ao sol que me queimou
fugi das balas pela ira insana
agüentei a falta de grana,
e das entranhas do poço tive que emergi
foi difícil, mas sobrevivi.
Não foi prova alguma que passei
é só vida deste lado de mundo,
que não deixei chegar ao fundo.
De sem teto fui classificado
era o jeito de meu mundo raro,
não me entreguei às agruras
vida dura, que coisa maluca,
vê se não me machuca.
Caramba! Vida que se engana,
a mim não cola sempre vivo fora
deste paradoxo legal
que escorrega a vida tão normal.
Vida que vida que coisa não digna
qual a razão de viver?
Apenas uma... Sobreviver?
Então...Manda-me uma mensagem boa,
que estou chegando assim a toa
meu grande amor me ame...
Isto não é tudo não se engane.
Meu grande amor! Sobrevivi,
sem oba- oba ou qualquer elixir.
E agora...Que temos?
Sabe lá quantos morreram na guerra de Ruanda?
Sabe lá quantos mataram outros próximos por motivos banais?
Sabe lá o que é amar?
Sabe nada... Sei que por nada vou interromper
O desejo de ter a  esperança de um novo viver.


Vamos celebrar o passado por intolerâncias dissipadas,
vamos imaginar o amanhã  pelo presente conseqüente,
vamos festejar a vida pela canção da irmandade,
vamos confabular a respeito da poderosa bomba que pode ser desarmada,
vamos gritar ao vento a emancipação feminina,
vamos exaltar as crianças que vem vindo.
Sobrevivi a este mundo por não saber
que a vida pede a vida,
sobrevivi ao mundo de meu Deus!
Como ? Não sei... Vida que vida!

domingo, 10 de abril de 2011

TRIBUTO A ROMEU E JULIETA

A William Shakespeare
(For the next verses, I Will be showing you a poetry about the story Romeo and Juliet. If you follow patiently wait oh better,  read until the finish.)

Ódio, rancor, rixa,
e o amor onde fica?
Famílias sangram, espada... Luta.
Não há contra - censo somente disputa.

O amor  cega,  não enxerga revolta,
quer viver acalanto, beijo se solta,
então a vida segue e a desavença é real,
Romeu e Julieta desejam o laço matrimonial.

A ordem, a moral vivida,
Impõe ao sensato amor, decisão atrevida,
no desespero tentam fazer o impossível, com esperança,
e caem nas mãos do destino, a única aliança.

O amor de Romeu e Julieta, não foi só veneta,
foi muito além... Rara beleza!
Pura grandeza de um amor nada à-toa,
que somente sentimento profundo entoa.


Deveras, imagina-se além da fúria, um bem agraciado,
nunca um amor malsinado!?
Que ao longo do tempo fez história,
e que em tributo guarda-se sua memória.

sábado, 9 de abril de 2011

ESTOU ESPERANDO VOCÊ

É muito comum ver as pessoas fazendo plano de vida na ponta do lápis, somente em relação aos bens que podem adquirir, deixando em segundo plano o amor, e de certa forma negando as intuições dos sentimentos que as tomam.  E às vezes negligenciando-os... O fato é que sempre nos tomam, e não sei se por ironia quando muito de nós avançamos no tempo, mais idade, experiência e tal, é que botamos a mão na cabeça e... Deveria... Corra atrás do seu bem. Nem que seja regando, esperando, mas para o que queres, que te alegra.


ESPERANDO VOCÊ
Sozinho nesse quarto escuro,
pensando em você esperando no duro!
Será que não sou desejável?
Deixa vir salva... Seja amável.

Vem de forma clara,
sei que antes a ninguém assim amara,
vem dançando à luz da lua,
é só viver, te amar toda... Nua,
vem  o desejo é puro sentimento,
vem me dá este consentimento.
Que coisa mais atraente,
que surgiu tão de repente.
E você não vê?
Que é só amor para você.

No vaivém das ilusões,
O real fantasma afasta,
e você toda vestida, no embuste,
deixa frustrar o que é seu...Ilustre.
Então sonha a procura do príncipe encantado,
todo empacotado, vestido a ouro e prata,
tão vulgar que nunca vai chegar.
Ele é de todas as meninas tolas.


Vem estou te esperando no duro,
 neste quarto escuro,
é tudo seu e meu ao redor em volta,
A água, o bem querer,
A canção que cai bem é toda nossa.

Você é linda nua,
Matando-me de vida crua.
Sonhar não é minha lei,
ainda assim sonho, isso permito eu sei.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

VELHOS TEMPOS VELHOS MITOS

Era uma mahã radiante na cidade de Santarém no Pará, me veio a memória do tempo de criança. Navegando no rio Tapajós pela beirada e subindo num pequeno afluente, para ser preciso no igarapé do Irurá numa canoa, ali na minha frente real, um açaizeiro carregadinho, e então estava ali a admirar aquela paisagem e depois desfrutar do vinho com farinha de  tapioca. Ainda tem resquícios na minha cabeça certas lembranças e em homenagem a elas fiz esta poesia.

AÇAIZEIRO

Açaizeiro, não sei ficar sem te ver
um ano inteiro.
Lindo!
Parece coisa de menino.
Guardiã da mata,
que coisa rara.
Olha o vento a chuva
depois um passarinho
que passa,
a procura do ninho.
Açai tua cor é inconfundível,
teu sabor é indescritível
que nos lábios da menina,
que leva a cuia na boca,
e a boca que toca na cuia,
faz um instante,
de grande pureza,
é a vida pura beleza!
Açaí quero teu vinho.
Pois sou menino.
Açaizeiro,
agora entendo
porque me faz feliz:
pela tua altura,
pela tua grandeza,
pela tua natureza,
pelo teu explendor,
Pelo teu lado divino,
Pois sou menino traquino.



terça-feira, 5 de abril de 2011

Da janela Lateral

Da janela lateral, acompanho com os olhos a passagem de muitas pessoas, e imagino quantos mundos diferentes: gente que só pensa em lucro, gente que só pensa em se dar bem, gente boa, gente que gosta de ler, gente amável, gente que sabe amar, gente que cometeu crimes.Ambiciosos, mentirosos, vagabundos, mendigos, meninos de rua, profissonais em geral e poetas. Ollhando pela janela li nos lábios da menina que disse para outra visualizando o cartaz.Vida de poeta...Então saiu essa:



VIDA DE POETA,

Dizem...Tem vida de poeta.
Sabem o que é ter bolso vazio? E cabeça repleta?
Ao redor a lua, o sol, o mar as estrelas,
a cabeça tocando em frente...A beleza!
Buscando palavras, sentimentos, ritmo,
em meio a inventividade sem compromisso.
A vida como ela é sem pressa,
num balanço comum à beça,
sem retaliação sem sofismo,
sem ânsia sem solipsismo,
também não é isolamento,
ah é puro mundo absorto.
Escritos de cima abaixo em papel solfado,
ah vida de poeta nada moldado.
É seguir no balanço da canção
é voar que nem passarinho só abstração,
e chegar no imaginável real...
Vida trabalho ou sublime amor incondicional.
Então...Há dúvida, de ser fiel ?
Dentre tudo que se faz de arte no papel,
viver atônito então...Qual condição?
vida de poeta que traduz a existência,
em que? Só vida por excelência!

quinta-feira, 24 de março de 2011

RELEMBRANDO

Revendo minha pequena estante dei de parar com "Boca do Inferno" de Ana Miranda, escritora aqui da terrinha, por sinal gostei muito deste seu trabalho de pequisa, acho essa publicação espetacular, faz de um romance histórico uma leitura por demais atrativa com o convívio ao passado do Brasil Colônia com muita propriedade, mostarando a vida como ela é em qualquer tempo...Não perdendo tempo, lembrei quando folhiei o livro de que tem Gregório de Matos e Guerra como um dos personagens, e então veja o que finalizei:



RECLUSÃO
A Gregório de Matos Guerra

Não desejo relembrar certos tempos idos,
mas se preciso for volto aos anos vividos,
relembrando a dor com perplexidade atirado a enxovia,
não intenciono mais rever tal agonia.

rebeldia jovial defendendo ideais de mudanças,
muitos na história que por ai seguiram deram cara às trancas,
sei que covardia não é atitude de pessoa digna,
mas viver o novo com mudança irreverente não é melícia.

Nem precisas pensar sorrateiro ser mentecapto,
e quem sabe? Seja só busca, para respirar o novo imaginado,
sem escórias livre traçando o que pode valer a vida,
e se conectas uma réstia tão dolorosa... Ah dura vida!

Que na ânsia jovial tanto cegou a ameaça ao calabouço,
e pensar que após tantos janeiros...Novo mundo foi tão pouco:
abrir a boca firme, não recrudescer a inflamar os retrógrados,
pois o novo  em vanguarda abre caminho alado,

senão vai  te vê acovardado  jogado a hipocrisia
que diferença alguma faz a enxovia?
Ou mesmo reprimido e limitado a um valhacouto,
quando a arte se faz necessária e te deixa absorto.


Então a reflexão pede o passado... Mas sem amargura,
outra vez envolvendo-se na beleza feminina... Que doçura!
E gargalhar no final usando para estes a sátira e de forma picante, às vezes terna,
e assim por ventura lembrar-se do poeta... Boca do inferno.

e que apesar desta alcunha, esteve mais próximo do riso e longe das trevas,
com a certeza de que a história nem tarda e nem falha e sim conserva-se.
Traçando palavras e afiando a viola,
deixando legado na voz e na prosa.















quinta-feira, 17 de março de 2011

PERPLEXIDADE

Hi! acabei de fazer estes versos, devo fazer algumas alterações. Bem vamos ver como ficará quando der por concluída.


COMEÇO MEIO E FIM

Quer imaginar o viver para sempre,
para isso usas a concepção do imortal
mas isso é frágil, incoerente, mortal
Recorre então à ciência,
quebra a cabeça, raciocina...Incoerência,
transformação da matéria...
Mas a pergunta não cala: como se perpetuar ? Falta idéia.
Decepção o fim é sete palmos... Cova.
Recorre à religião, pura lorota,
não passa de dogmas,  ilusão!
os livros santos  direcionam...
Uma  grande inconsistência,
e a vida cumpre o preescrito:
começo meio e fim,
perante este abismo de existir.
Ah! Encontrar um fio que dê conectividade,
a esperança de poder sempre prosseguir,
e assim ficar a meditar, chegar a loucura,
mas a loucura também é um estado mental,
com começo meio e fim,
e agora, recorrer a que...? Pavor e se apavora!
Porque? Querer o nada agora,
desfazendo esta ilusão,
e  te deixar cair na mais profunda tristeza,
seja o medo de morrer, o medo de tudo se acabar,
e o medo de existir, deixa rolar...
Volta e meia te pegas no embate,
Porque a vida ?
Então busca a imaginação,
assim bem mais fácil,
deixa ir deixa largar,
ver os pássaros na corrente a planar,
isto é muito, e navegas enfim na plenitude
de voar e compreender que a vida pede atitude
assim tão leve,
é verdade é meio breve
Por que não compartilhar?
e quem sabe ter um mundo mais justo
apesar de que voar seja com os pássaros um atributo
pode imaginar...
A vida...Porque a vida?
E se imaginas o eterno,
um dia, outro dia, e mais outro dia,
seja qual for a unidade de tempo
a compreensão de continuar te apavoras
e diz para! Não agüento mais!          
Calma é só imaginação,
Imagina... Se fosse real!
está seguindo e seguindo e não mais parar.
ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha

sábado, 12 de março de 2011

OH! FAZ UMA POESIA PARA MIM.

 Bem  verdade, que batendo a inspiração você vai lá pega a ferramenta e escreve. E  é claro o personagem ou a personagem é qualquer  um de nós, que podemos estar ali no pseudônimo de Zé ou Maria e aí sai o que apresento abaixo para gente ler no dia do aniversário de "qualquer"amigo. Pega esta Zé!

Canto e Desencanto (A vida é passageira, mas vale)
Feliz aniversário para você,
nesta mesma data também
o gato miou,
a mulher chorou,
o vilão extorquiu a anciã,
tudo isso na manhã.
Lá de fora ninguém te viu
apagando a vela.
E a chuva inundou
a cidade sangrou.
E você conseguiu,
com paz de jacaré fazendo a digestão,
que todos cantassem a velha canção:
parabéns para você...
Nesta mesma data ainda,
a cobra sibilou já presa do gavião,
e o gavião voou,
pelo céu azul,
e a cobra dançou
e a chuva caiu
levando o ar pesado
de gases com ácido.
E você sorrindo
era dia de domingo.
E o pingente arregaçou na contramão
 foi parar na cova,
sete palmos abaixo do chão.
E a vida seguiu
bom para uns, alegria geral
Ruim para outros, tristeza fatal.
Vida que vida,
amor brincadeira é sério,
vida que luta é vero.
Feliz aniversário Zé,
apague esta vela,
que apesar de tudo...A vida é bela.
Omar Botelho
PS- Vida pega leve.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Quero estar com quem gosto

Como se diz com intimidade - A noite é uma criança, é estar perambulando na busca de bons sinais, para alguns aventura, mas isto faz parte do aprendizado de vida, precisamos ver como as coisas se passam estando ali esbarrando com isso. Para muitos pode parecer loucura, façanha, mas que em nosso intimo tal coisa está sendo pedida e temos que fazer para deixar de ser bebezinho, ou seja criar marra. Certa vez assisti uma entrevista de Zé Ramalho, em que ele afirmou que "o mimo dado pelos pais é inerente a responsabilidade dos mesmos, mas para aparar excessos desse mimo adquirido na boa criação é necessário viver uma dureza" , Valeu Zé! A vida pede essa vivência para que tenhamos o prazer descobrir o risco/ experiência de se dar o passo do próprio querer sem influências, estamos ficando adulto...Chegou a idade da razão. Então há um certo tempo andava meio perdido pela cidade, admirando-a... Para cima e para baixo, praia e periferia queria encontrar alguém, sei lá, o pensamento era nela...

ANDARILHOS PELA NOITE
Andar com você aqui ao meu lado
é ter mais paz é viver sensato,
então te procurar pode ser tudo
o começo, a chegada e sem mais partida
e  ter a vida para ser seguida.
Te cortejar sem receio.
Dar a ti o que é de direito
o beijo, o beijo,
encontrar a mão de ouro
isto é meu maior tesouro.
Entender que busca de valores
é nada aos pés deste empenho,
e dar de cara com teu jeito.
Cada um deve ter o que é seu,
seguir, seguir o que é só meu,
e acabar de vez qualquer outro querer.
O sol já vem a romper amanhã de vez,
e assim dia e noite se completam
faremos que o velho sonho surpreenda,
nada em vão,
Deixa vir vai nos dourar
e amanhã a vida... Será serena.
Como a lua ainda está clara!
Olha lá!
Os pássaros noturnos nos anunciam,
estão protegendo seus ninhos,
e nós, que estamos esperando?
Este lugar é demais,
a gente vai ter que desfrutar,
acertadamente é de estourar...

Devo te amar, com toda a arte,
pelas ruas da cidade.

sexta-feira, 4 de março de 2011

E aí surge conflito no espaço comum onde todos transitam

É possível que algum ingênuo, ha ha ha, em discurso, na plataforma política em busca de vil metal, arremete-se a dizer que é preciso ordem, pois já não se controla mais os insurgentes que pela rua estão a incomodar as pessoas de bem, transtornando o bem estar destes, que constroem patrimônio com a labuta da disposição e competência, e que os que surpreendem com a miséria não estão aptos a dinâmica da modernidade, um mundo competitivo próprio da inventividade humana. Mas não se esqueça seu Zé, que a sociedade é perfeitamente organizada por classe e de tendência excludente, então mando a ver, pois a causa do problema disparidade me parece outra.



OURO NA VITRINE

Todos correm atrás do ouro.
Que júbilo! Quando é anunciado,
que fulano, venceu está agraciado.
É tudo subir ao topo almejado.
É inacreditável ouvir...
Os campeões de arena sempre a repetir:
vencer e vencer!
Creio que eles pensam
que não vão sucumbir.
E por aí os pobres mortais,
longe do ouro, do pódio
com seus bocejos matinais...
Os sonhos são tão distantes
quase visões de cavaleiro andante,
e seguem humildes, vagamundos,
pela rua a passear
são pedintes  aqui e acolá.
Identificam o país na trilha do crime
bem sabem se não furtarem,
estarão fadados a ilusão da vitrine.
A paisagem urbana
não mata mais só de vergonha.
É tudo tão comum
todos transitam indiferente ao que acontece,
mas na ilusão do poeta
a vida se faz sentir na esperança
tão pequena e tão bela.
Ah! Quem inventou o consumo,
sem retórica, vamos em frente,
que para trás vem gente.
Quem inventou a grande cidade,
inventou também a favela.
Oh! Santo Deus!
Faz a vida valer uma transa,
não agüento mais somente drama.