quinta-feira, 7 de abril de 2011

VELHOS TEMPOS VELHOS MITOS

Era uma mahã radiante na cidade de Santarém no Pará, me veio a memória do tempo de criança. Navegando no rio Tapajós pela beirada e subindo num pequeno afluente, para ser preciso no igarapé do Irurá numa canoa, ali na minha frente real, um açaizeiro carregadinho, e então estava ali a admirar aquela paisagem e depois desfrutar do vinho com farinha de  tapioca. Ainda tem resquícios na minha cabeça certas lembranças e em homenagem a elas fiz esta poesia.

AÇAIZEIRO

Açaizeiro, não sei ficar sem te ver
um ano inteiro.
Lindo!
Parece coisa de menino.
Guardiã da mata,
que coisa rara.
Olha o vento a chuva
depois um passarinho
que passa,
a procura do ninho.
Açai tua cor é inconfundível,
teu sabor é indescritível
que nos lábios da menina,
que leva a cuia na boca,
e a boca que toca na cuia,
faz um instante,
de grande pureza,
é a vida pura beleza!
Açaí quero teu vinho.
Pois sou menino.
Açaizeiro,
agora entendo
porque me faz feliz:
pela tua altura,
pela tua grandeza,
pela tua natureza,
pelo teu explendor,
Pelo teu lado divino,
Pois sou menino traquino.



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