segunda-feira, 16 de setembro de 2013

DAQUELE JEITO

Então hoje acordei daquele jeito, raro
vontade ávida de viver, alegria em disparo,
no espelho, doce olhar, um sorriso...
Logo se vê pé direito, uma ária em assobio.
Não posso deixar vir aquela onda do fútil cotidiano,
a cabeça roda sabendo que tem seguimento, inflamando.
Poesia descola a ideia, gigante dia.
Não se pode se abater pelo compromisso sobrevivente,
que vem rastreando a gente.
Como não cair? Então é mesmo aquele dia.
Uma canção novamente rala e valida,
se duvidar o impossível se supera,
não dá pra jogar fora essa força surpresa.
Eh hoje é dia da criação, do rei,
e você nem se pergunta, leva em frente.
É sua vez!
Se duvidar, haverá de refletir, "apagão"...
É a vida, dia sim, dia não,
maneirar saber estreitar esta gangorra,
ora, ora, hurra! Não se joga fora.
Deixa aproveitar vale tudo,
incondicional dia, me empurrando,
até o espelho está me incentivando...
Fui!









sábado, 14 de setembro de 2013

APORTANDO

Não é caro meu desejo,
só um tempo a refletir,
um beijo.
Espreitar a pobre vida,
pra melhor andar na trilha.
Verão outono inverno,
é chegada a primavera
e eu ainda esperando
que me seja então,
sem pranto.
Não é caro o que preciso,
mas é raro o que prescinde.
Sol na cara despertando,
e no cinza central
a paixão escurecendo,
mas é teima, só amor,
por cima de tudo,
roendo.
Não é caro meu querer,
meio tempo pra te dar,
e logo estou a me perder.
Vem a chuva a molhar,
meu rosto ávido.
Vem o vento,
e me traz teu perfume,
vem a noite e me traz
a certeza,
deste amor imã.
Quero voar,
na sua imaginação,
já cansei de viver,
na desilusão.
Não é caro o que venero,
é um tempo pra ficar,
e ficar,
e ficar.