sexta-feira, 28 de novembro de 2014

SE...





Veio varando assim pelo meio,
Trazendo à tona meu desejo,
Coisas que só o amor entorpece,
Pensamento à beira do que enlouquece.

Se Deus existe, então é amor,
Se Deus não existe, tudo é flor,
Permitindo a se perguntar:
A vida foi criada ou é acaso?
A morte se faz ou permite sonhar?

Existência pra te quero? Se me levas ao nada.
Mito, lenda, religiosidade, aonde se para?
O estanque nunca chega, o acaso segue,
Menina você já conhece meu amor, pegue!

Veio varando assim pela vivência,
Não deu para negar, não querer,
Se fez em pura essência,
Tudo fabuloso, uma arquitetura incontestável,
E fui seguindo e cheguei ao amável,
Ainda que se mostre finito,
Tudo me faz mesmo assim querer,
Verdade, é tão bonito!

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

E O AMOR INVADE...





Então é sentir na pele,
Deixa entrar de leve,
Como uma canção que inunda o sentimento,
Assim... Sem nenhum constrangimento.

Já não vivo em vão,
Sinto teu olhar tão bem,
Que invade domina minha aflição.

E foi sem pensar no incerto,
Sonhar, abraçar, estar no fervor,
Me protegendo do frio,
Para um novo tempo leve como um fio.

Tão veloz, que nem se mede,
Tão inerente,
Vencendo todos os repentes.

PELO MANGUE




Outra vez pelas frutas,
Segue-se remando, astúcia,
Ubaia, murici e pitanga,
Tão gostosas quanto a nossa transa.

Deslizando pelo mangue,
Remar e remar, gasolina sem estanque,
Saboreando as frutas vamos que vamos,
Uma delícia é o que amamos.

A vida flui no elementar,
Como é bom poder te beijar,
Subsistência original,
No calor, no bem querer visceral.

As águas são o rio, é vida,
A bateira leve desliza,
Não há pressa, tempo de estio,
A vida segue na maior, sem desvio.

Do outro lado...A margem,
É vigor é chegar ao bem,
O que não se faz por elas?
Benditas as frutas e as donzelas.