sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

QUERO A SENSAÇÃO...

Quero a sensação,
de Amor real sem ilusão.
Águas que atravessei,
não vou morrer sem te ter.

Sigo meio zonzo na esperança...
Até chegar e te ter ao alcance,
de te encontrar no clima,
seguindo de baixo pra cima,
e perceber que é desafio não  deslizar.

Quero te dizer sobre o digno,
valendo a máxima de ter razão,
passado as fazes sem negar,
apreensão.
Águas que atravessamos,
mundo e mundos não há como o amor,
mais motivo profundo.

Com os olhos bem abertos,
penso num ponto longínquo,
onde a vida se espalhe,
e pela primeira vez o amor tão forte,
se faz em mim dando chance,
de experimentar tão sutil real alcance.

Leva-me, pega-me,
sou a razão de ser por ti,
vida que vida
se abre pra chegada
e sem partida.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

SOMENTE NÓS?

A mão hábil me serviu,
E então saí da plena escuridão,
O mundo clareou me abriu...
Coisas da esperança, em meio a ilusão.

Veio a chuva tão fina,
E eu pude novamente desejar,
Bem além das estrelas, vida íntima.
Sonhar com mundos distantes, no ar.

Veio a razão de ser: intelecto.
Mas em meio ao tudo o sensível,
A nudez das meninas me motivando, o mais vero.
O sol se mostra, vida infalível,
Até renascer,
Até morrer.
Saberemos um dia...
Que nada pos vida se explica,
Ou simplesmente se faz via?

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

DESENGANO

Super heróis, príncipes e princesas,
nada disso me comove, falta pureza.
Como cinema americano,
vidro estilhaçado balas perpassando,
tudo tão frágil, infértil e bestial,
a cara do amor trivial.
As noites estão sendo cansativas,
me falta futuro,
estou perdido, vida obscura,
quero seu amor real por inteiro,
somente ele me fará ver o que é roteiro,
o que está além do muro,
pra lá de minha visão,
mas tenho certeza,
que neste caminho,
é o que me leva a sutileza.
Então, não quero
Super heróis príncipes e princesas,
nada disso me comove falta pureza.
Como cinema americano,
vidro estilhaçado balas perpassando,
tudo tão frágil, infértil e bestial,
a cara do amor trivial.
Quero sim,
como sol, como ar,
que faz o dia radiante,
o amor real instigante,
só você pode me inspirar.

domingo, 19 de janeiro de 2014

FUI

Estado de falência,
meu coração, sopapo, demência.
Minhas mãos frias buscando amparo,
corre uma ânsia pela razão, desamparo.
Minha pobre vida vai se findar,
o pensar ainda é esperançoso, relutar.
A dor se mistura ao medo,
para mim, já sei, estou chegando ao fim,
não há segredo.
O cérebro em última instância passa a fita,
lembrando você nos dias de agito,
a vida pegando na cabeça sem truque,
coração aberto ao instante que fica,
tempos bons, tempos ruins,
um pouco do riso que valeu,
vida de príncipe,
vida de artista,
vida de trabalhador,
e volta a dor...
Então, sofrimento,
a medida da crença.
Rezando, se arrependendo, alto avaliando:
tentando, buscando alto piedade,
admitindo que nessa hora,
desamor,
preconceito,
ganância,
egocentrismo,
competitividade,
é tudo o buraco da sordidez.
Estado de falência,
últimos instantes,
não dá mais,
a pressão subiu, a consciência desaba,
nem deu tempo de ver a vanguarda,
que tanto sonhei.
Ai! Nada mais! Bye, ui.
Fui!