segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

VAGANDO ENTRE POESIAS

As pessoas tem me perguntado, porque estou quase sempre a criticar a banalização da poesia, em dizer que a poesia seja talvez um gênero fácil de se fazer, mas difícil de prestar...Gosto muito de literatura, especialmente teatro e jornalismo de informação voltado para temas antropológicos. Entendo que a vida tem que ser vivida com arte, do contrário estaremos fadados a um cotidiano sem expectativa do novo que pode escapulir diante da tensão das obrigações do dia-a-dia. A poesia também me comove desde que apresente qualidade... Bem, e o que é qualidade em poesia? Eis a questão.
Quando fiz esta poesia, "O que está construído" e publiquei no Blog, Recanto das letras, muitas pessoas comentaram que ali estava uma poesia muito boa, a busca do reencontro, porém não escrevi pensando na reaproximação de um amor, ainda que transpareça, mas com a perspectiva de alguém que vê o passado sem mágoa.  O que é o amor? Senão um caminho para voar. Bem é sempre assim uma vez aberto ao público, as opiniões divergem.

O QUE ESTÁ CONSTRUÍDO
Você vai lembrar de mim
fui o seu muito afim.
Se você mexer na sua memória,
vai tocar na parede de nossa história.
Quando sentir a solidão,
e sair pelo mundo preenchendo vãos,
é muito amor para negar.
Veja só o beija-flor,
a luz que o sol libera,
estou pensando só em coisas belas.
Nem o mal nem o bem
apenas sigo contente
com a vida que se tem.
É onda, é fogo,
é quase tudo muita dor,
é por esse quase
que fico a viver,
não por busca de prazer
mas, ter o mundo pelo lado de conceber,
fazer o amor valer.
O mundo toca sua história
estou no meio a participar,
não posso me alienar.
E quando abrir a porta,
e a rua enfrentar
é hora de recomeçar.
Vê se me entende
neste grito de alerta,
a porta já esta aberta
amor, I love you.

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