sexta-feira, 1 de novembro de 2013

BLACKOUT

Quando morrer,
você não vai mais me ter,
se encerrará o sensual,
e nada mais fálico de mim para você.

Não penso só nisso,
penso também na luta,
por uma sociedade de direitos,
em que nos enfiamos,
meio a meio.

A ponte, o rio, o mangue,
a flor, o sol, a canção.
Me diga se depois de tudo...
Ainda haverá o que inventar?

A guerra nos empurra,
tantos são comandados,
tantos estão no laço,
um fio de liberdade,
para se ter uma chance...
Recomeçar o que nunca se teve.

Dinheiro nos cega,
boa comida, champagne,
roupa lavada, luxo que se paga,
enquanto isso se define:
credor e falido.

Dinheiro é gás,
falso encanto,
vai-se o tempo hora a hora,
champagne, caviar,
muitos na tua cola.

Quando morrer acaba-se a chance de ter,
e tudo se apaga,
segue-se um grande sonho,
sem lembranças, tudo se abafa,
mais nada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário