sábado, 26 de outubro de 2013

EM MEIO AO CAMINHO

Eu vou morar neste lugar,
e pra ficar longe do teu sorriso,
sem você na minha estrada,
negando tanto tempo de caminhada.
E saber que você por aqui não está,
e eu tão sozinho em meio ao vazio,
que parece tão frio tão sombrio.
Cada braço de estrada me cala,
é que penso que tudo é real,
que vago que sigo é uma farra,
triste vazio se tudo é quimera,
se vou ficar à espreita a tua espera,
vale a pena te ver só em pensar?
Vale a pena te ver pintada,
em meu cérebro demente de amor?
E se o amor tem ferramentas,
pra articular pra dizer que é tão bom amar?
Os artefatos do amor...
Estão pegando em meio a tudo,
transbordando, inundando...
deixando só uma direção,
quase maluquice, obsessão.
Doce, amarga, ansiosa,
é o preço da aventura.
Não sei porque devo buscar esta mistura,
ou então melhor seguir fugindo,
pra não ter a dor de não te ter.
Só a estrada me acalma,
e ter você somente pintada,
no meu cérebro pobre e demente,
pois vou cuidar só externamente,
alisar os cabelos, passando um pente.
Deixar pra lá os artefatos do amor,
porque somente pela aventura,
fico melhor a imaginar...
Seria uma grande mistura...
Ainda assim quero você na minha estrada,
pois sei que mesmo só pintada,
és uma imensidão que me separa do nada.

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